Morre, aos 75 anos, a cantora e compositora Rita Lee
 



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Morre, aos 75 anos, a cantora e compositora Rita Lee

Isabela Zampiron


Um dos maiores nomes da música brasileira, Rita Lee faleceu na noite desta segunda-feira (8). A notícia foi confirmada na manhã de terça por meio da conta do Instagram da cantora e de seu marido, Roberto de Carvalho. Ela havia sido diagnosticada com câncer de pulmão em 2021, o qual já estava curado, mas estava em recuperação.

Paulista, Rita Lee começou sua jornada na música ainda jovem. Com 15 anos, aprendeu a tocar bateria e, aos 16, integrava um trio feminino de vocal, Teenage Singers. Ela fez parte de diversos grupos musicais, incluindo Os Mutantes.

Diferentemente de outras cantoras da época, Rita Lee é compositora de diversos sucessos como Amor e Sexo, Ovelha Negra, Lança Perfume, Agora Só Falta Você, entre outros. Desde que se despediu dos palcos, em 2012, as aparições de Rita na mídia se tornaram raras. Além da carreira musical, ela também conquistou espaço como atriz. Rita chegou a publicar livros infantis e sua autobiografia, em 2016, em que conta detalhes de sua vida privada.

"Eu cresci ouvindo Rita Lee. Lembro de sábado de manhã levantar, minha mãe colocava a Rita ali para tocar, ela ia fazer coisas pela casa e eu ficava fazendo minhas coisas de criança, mas lembro da casa estar cheia dos RPs da Rita. Não sei se eram todos, mas na minha memória de infância eram. Provavelmente foram as primeiras letras de música que eu aprendi a cantar junto mesmo sem entender quase nada. Depois quando virei adolescente, me apeguei a essa imagem dela de ovelha negra, de rainha do rock, título que ela não gostava, achava meio cafona. Essa imagem de uma mulher muito livre, muito inteligente, muito capaz, muito inventiva, muito à frente do seu tempo desde dos Mutantes. Então tenho essas memórias muito impermeáveis ao que é a minha formação de gosto musical.", recorda Julia Dantas, escritora e professora do Curso de Formação de Escritores da Metamorfose.

Para o também professor e diretor da Metamorfose, Marcelo Spalding, "se quando alguém morre vira estrela, Rita, que já era estrela das mais brilhantes, agora vai virar lenda. Sempre citei seu trabalho e o farei agora ainda mais, como justo resgate e justa homenagem".

 

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